- Há só silêncio em meu redor?
Sinto o bater no meu relógio biológico
Sinto, (longe? perto?)
De bater, bater sem corda,
Não posso mudar de relógio
Faz parte da minha vida.
São ecos do nulo instante.
A sociedade de superioridade,
Hipocrisia maldade arrogância,
Enfim, só se pensa em prazeres da vida,
Eles também tem um relógio como o meu
Seus relógios também, como o meu
No peito sempre incerto
(fica lá longe? Está perto?)
Querer ser muito mais
Fingindo horas já ouvidas
De ouvidos de ausentes vidas,
Têm o relógio-fantasma.
São romanços infelizes
Romance em que é costume
Ferver amor, ser mais do que os outros,
Sangue ciúme, violência e lutas.
Ficou aberto quando,
Quando a maquina folha velha,
Essas páginas caiu,
Um amor-imperfeito jaz
Que, ressequido,
Se desfaz, desfaz, desfaz…
No seus peitos, (longe? perto?)
O relógio marca incerto
Dias de eras que nem eram,
Dando horas que nunca foram:
Só comemoram a grandeza
Factos que decorrem.
A um canto, das sombras frias
Que, mais que morto e sepulto
Ontem fostes grandeza hoje és uma flor
Foste lá seja o que for
mdp
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
MEU E TEU RELÓGIO
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