segunda-feira, 15 de setembro de 2014

MEU E TEU RELÓGIO
  • Há só silêncio em meu redor?
    Sinto o bater no meu relógio biológico
    Sinto, (longe? perto?)
    De bater, bater sem corda,
    Não posso mudar de relógio
    Faz parte da minha vida.
    São ecos do nulo instante.
    A sociedade de superioridade,
    Hipocrisia maldade arrogância,
    Enfim, só se pensa em prazeres da vida,
    Eles também tem um relógio como o meu
    Seus relógios também, como o meu

    No peito sempre incerto
    (fica lá longe? Está perto?)
    Querer ser muito mais
    Fingindo horas já ouvidas
    De ouvidos de ausentes vidas,
    Têm o relógio-fantasma.
    São romanços infelizes
    Romance em que é costume
    Ferver amor, ser mais do que os outros,
    Sangue ciúme, violência e lutas.

    Ficou aberto quando,
    Quando a maquina folha velha,
    Essas páginas caiu,
    Um amor-imperfeito jaz
    Que, ressequido,
    Se desfaz, desfaz, desfaz…
    No seus peitos, (longe? perto?)
    O relógio marca incerto
    Dias de eras que nem eram,
    Dando horas que nunca foram:
    Só comemoram a grandeza
    Factos que decorrem.
    A um canto, das sombras frias
    Que, mais que morto e sepulto
    Ontem fostes grandeza hoje és uma flor
    Foste lá seja o que for
    mdp

Sem comentários:

Enviar um comentário